A Ópera Theodora, com a Camerata Vocal e a Orquestra de Câmara da ACC, será exibida no programa Partituras da TV Brasil, dividida em dois domingos: 17/01 e 24/01, às 22h30. Para melhor acompanhar a transmissão deste espetáculo que a Associação de Canto Coral realizou em 2019, veja a Sinopse.
Composta em 1749 por Haendel, a ópera Theodora mostra a perseguição de cristãos pelo governador romano no início do Cristianismo. A história foi adaptada pelo diretor cênico João Wlamir para os dias atuais. Theodora é uma cristã fervorosa, mas antes de tudo, uma guerreira. São cenas de empoderamento feminino, a resistência dela a cumprir a ordem do governo. A paixão que vai surgir entre nossa heroína e o soldado que deveria prendê-la é o mote romântico dessa tragédia, que expõe a luta do poder x o amor, da ambição x a fé.
Ato I
Valens, um governador brasileiro, emite um decreto em homenagem
ao aniversário do presidente, forçando todos os cidadãos a fazerem sacrifícios
a Vênus, a deusa romana do amor, e a Flora, uma deusa da fertilidade da
primavera, sob pena de morte. O chefe da guarda, Septimius, é
encarregado da execução do decreto.
Didymus, um soldado secretamente convertido ao cristianismo,
exige que os cidadãos cujas crenças os impedem de fazer sacrifícios a ídolos
sejam poupados dessa punição. Mas Valens rejeita. Septimius
suspeita que Didymus seja cristão e afirma sua fidelidade à lei, embora tenha
compaixão por aqueles que estão condenados a morrer e deseja que ele possa ser
misericordioso com eles.
Theodora, uma cristã de nascimento nobre, e sua amiga Irene
adoram seu Deus com seus co-religiosos em particular, em vez de se juntar à
festa no aniversário do presidente, quando um mensageiro traz notícias do
decreto de Valens. Septimius chega para detê-los. Theodora espera ser
condenada à morte, mas é informada de que foi condenada a servir como
prostituta no templo de Vênus. Ela teria preferido morrer, mas é levada ao
templo. Irene informa Didymus, que sai na esperança de salvá-la ou morrer
com ela. O primeiro ato termina com um coro de cristãos orando pelo
sucesso da missão.
Ato II
No início do segundo ato, a festa, a orgia, em homenagem ao presidente
e deuses, é apreciada pelos pagãos. Valens envia Septimius para dizer a
Theodora que se ela não participar das festividades até o final do dia, ele
enviará seus guardas para estuprá-la. A multidão expressa satisfação com
esta frase. No templo de Vênus, que serve como bordel, Theodora está
assustada, mas seu humor muda ao contemplar a vida após a morte. Didymus
admite ao seu amigo e superior Septimus que ele é cristão e apela ao senso de
dignidade do outro homem. O Septimus permite que Didymus visite
Theodora. A princípio, Theodora pede que Didymus a mate e acabe com seu
sofrimento, mas ele a convence a escapar com seu uniforme, deixando-o em seu
lugar.
Ato III
O terceiro ato começa com os cristãos celebrando o retorno
seguro de Theodora. No entanto, ela se sente culpada por colocar em risco
a vida de Didymus, a fim de salvá-la. Um mensageiro informa que Didymus
foi capturado e que Valens mudou a punição de Theodora para a
morte. Theodora quer se sacrificar em vez de Didymus, apesar dos protestos
de sua fiel amiga Irene. No momento em que o governador Valens pronuncia a
sentença de morte de Didymus, Theodora chega e exige a morte dela no lugar do
soldado. Didymus e Theodora argumentam que querem morrer um no lugar do
outro. Septimus é movido e pede clemência. Valens, no entanto,
condena Didymus e Theodora à morte. Eles cantam um dueto para sua
imortalidade.
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